BPM e os ciclos de Qualidade Total e Melhoria Contínua

BPMS - 22/10/2013

Processos de negócios precisam estar alinhados à estratégia organizacional, aos objetivos traçados pelas corporações e às metas que desejam atingir

Durante anos, o Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) e o Processo de Melhoria Contínua (PMC) eram implantados nas empresas em formatos inicialmente didáticos, levando em conta o aspecto lúdico e cultural dos proprietários do negócio, seus gestores e equipe de colaboradores. Afinal, para ter eficácia na implantação da “Qualidade Total” era preciso sensibilizar as pessoas diante da causa e, de preferência, de cima para baixo. Se o alto escalão de uma companhia não deixar de jogar o lixo no chão da fábrica, de nada vai adiantar implantar um sistema de coleta seletiva junto aos funcionários da base operacional. Tradicionalmente, esta difícil missão era responsabilidade dos consultores em Qualidade e treinamento.

O caminho natural deste trabalho era alcançar as valiosas certificações ISO 9000 (Gestão da Qualidade), ISO 14000 (Gestão Ambiental) e OHSAS 18000 (Saúde e Segurança do Trabalho). Para realizar tal tarefa, as consultorias contratadas realizavam um trabalho focado na educação, conscientização e multiplicação das ideias por parte das pessoas. Equipes de trabalho eram montadas, reuniões realizadas e tarefas tinham que ser entregues para difusão das etapas da consultoria. Visitas do órgão certificador e auditorias também faziam parte do processo de aprovação. Em resumo, o processo ficava na cabeça das pessoas, precisando de revisão a cada nova geração de capital humano que as empresas recebiam com o passar do tempo.

“Aos poucos, as empresas estão modificando a forma de gestão e apostando em projetos de BPM (Business Process Management). Esta tendência visa substituir uma administração departamental dos sistemas de qualidade por uma visão sistêmica do negócio, baseada em processos. No entanto, tal mudança pode encontrar resistências por parte das equipes condicionadas no modelo anterior. É por isso que recomendamos uma transição gradativa para a nova modalidade de gestão de processos. Esta estratégia pode identificar as dificuldades do trabalho, alinhar o plano de voo e minimizar os riscos de fracasso durante a implantação”, explica Michel Brito, gerente comercial do software Maestro BPM.

A fase da “Melhoria Contínua”, conhecida como “Ciclo PDCA”, é uma ferramenta que propõe revisão constante do SGQ. O método visa melhores resultados antes, durante e depois das certificações. O modelo de gestão que utiliza ciclos facilita a adaptação da empresa e permite um aprendizado de forma consciente. “Baseados nisso, aconselhamos iniciar projetos de BPM a partir de um processo que seja fundamental para a vida da empresa, e não o mais extenso ou complexo. Isso irá permitir experimentar, aprender e replicar os conhecimentos adquiridos aos demais fluxos que serão desenvolvidos no futuro. Também não devemos buscar o processo perfeito de imediato. Temos que dar tempo ao tempo”, conclui o gerente.

A sigla PDCA é formada pela abreviatura das palavras Plan, Do, Check e Act. Elas compõem a lógica prática em Qualidade e Melhoria Contínua desenvolvida para o ciclo abaixo:

PLAN – Fase de Planejamento.
DO – Fase de Execução.
CHECK – Fase de Verificação.
ACT – Fase de Ação.