BPM: Começou a “terceira onda”

Maestro BPM - 25/02/2014

Na última década, temos observado no mercado um crescimento das iniciativas de implementação da Gestão de Processos (BPM) dentro das organizações

O assunto continua em alta no mercado, o que pode ser comprovado pelas inúmeras entidades que discutem o tema. Além disso, há também a multiplicação de fornecedores de Tecnologia da Informação (TI) que aprimoram seus produtos de automação e integração de sistemas orientados a processos de negócios. Entretanto, os projetos BPM necessitam de investimentos, tanto em pessoas, em capacitação, como em mudança organizacional e também em ferramentas. Nesse ponto, no entanto, nos deparamos com a seguinte e importante questão para as empresas: quanto investir em soluções de TI que suportam o BPM?

Há uma vertente no mercado que prega ser possível adotar gestão de processos sem investir em plataformas de BPM robustas. Há, ainda, quem defenda que, para o BPM, não há necessidade alguma de solução de TI, que é possível programar a gestão de processos sem a ajuda da tecnologia. No entanto, as tecnologias de BPM são tão importantes como qualquer outra variável que compõem o esforço de processos. Não se trata de discutir se as pessoas são mais importantes do que tecnologia, se a cultura organizacional é mais importante do que a comunicação e por aí em diante.

Para o sucesso da iniciativa de implantação do BPM, diversos elementos organizacionais são importantes. Entre eles está a escolha de plataformas adequadas de TI e suporte à gestão de processos. Vale lembrar que estamos vivendo a “terceira onda” do BPM nas organizações, focada na transformação e mudança de processos e não no mero registro dos mesmos e que, por sua vez, sucede as duas ondas anteriores (O 1º no Taylorismo dos anos 20, com processos não automatizados. E o 2º no surgimento dos ERPs). O atual movimento está orientado pelas novas tecnologias de processos existentes no mercado.

Smith & Fingar já previam que as tecnologias BPM iriam permitir que processos fossem compartilhados entre as áreas de negócios e TI. Desta forma, já era esperado que os mesmos modelos de processos visualizados pelas unidades de negócios fossem diretamente automatizados pela TI. Em outras palavras, a terceira onda de BPM hoje só é possível pela adoção de uma tecnologia que suporte a integração entre Business e TI. Conforme pesquisa realizada pela IDC, com mais de 1.100 organizações de 11 países, as empresas que têm uma metodologia formal de gestão de desempenho para operar os negócios são mais competitivas que as que não têm o mesmo nível de formalização dos processos.

Se os processos formais já faziam sentido em 2010, podemos imaginar qual é o impacto para os negócios de hoje. Considerando o desejo de adotar o BPM, faz sentido que a escolha por ferramentas de gestão de processos também seja de cunho corporativo e visando a sustentação da empresa em longo prazo. É fácil concluir que o investimento nessa ferramenta é tão importante quanto o investimento em pessoas, infraestrutura, informação e outros recursos. Com uma tecnologia robusta é possível colher os benefícios da gestão de processos, em todos os níveis da maturidade empresarial. Além de tornar a organização melhor preparada para as vantagens e desafios proporcionados pela terceira onda de BPM.

Este material foi produzido segundo obra de Nilson Yoshihara.